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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Câmbio dificulta combate à inflação

O dólar subiu 11% desde meados de maio. Para alguns economistas, avanço pode forçar o Banco Central a promover uma alta mais forte nos juros.

O avanço do dólar põe mais incertezas no caminho da inflação brasileira. A escalada da moeda – ontem cotada a R$ 2,23, com alta de 11% desde meados de maio – já teve impacto em parte da indústria e do atacado, e logo deve chegar ao consumidor. Fabricantes de eletrônicos, por exemplo, já prometem reajustes.

Em geral, o comércio sente o efeito de 30 a 45 dias depois do atacado. Alguns fatores, entre eles a desaceleração do varejo, podem inibir o repasse, mas o fato é que o risco cambial acrescentou insegurança a um cenário que já era nebuloso, tornando mais difícil a missão do Banco Central de manter os preços sob controle.

“Alguns estudos apontam que 10% de alta do dólar significam, em um ano, mais 0,4 ponto na inflação. Mas isso se o Banco Central não reagir. Se elevar os juros, o BC esfria um pouco a inflação, além do efeito paralelo de atrair dólares para o país”, diz Antônio Madeira, economista da LCA Consultores.

Bancos e consultorias já ajustam suas planilhas. Em seis semanas, a estimativa para o dólar comercial ao fim do ano passou de R$ 2,02 para R$ 2,15, na média das instituições ouvidas pelo Banco Central. No mesmo intervalo, a projeção para a inflação medida pelo IPCA aumentou de 5,80% para 5,87%. A previsão para a Selic foi de 8,25% a 9,25% ao ano – hoje a taxa é de 8%.

A desvalorização do real preocupa, entre outras coisas, porque os produtos importados já respondem por 22% do consumo nacional, segundo cálculo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). É o maior índice desde 1996, quando a CNI começou a fazer as contas.

O encarecimento de parte significativa dos produtos à venda no país pode estimular um movimento paralelo igualmente negativo: os concorrentes locais se sentiriam mais à vontade para também reajustar seus preços.


Matérias-primas

Há outros canais de “contaminação”. Um deles é o uso de matérias-primas importadas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, os chamados “bens intermediários” já respondem por quase 40% das importações. “Nossa indústria depende de muitos componentes feitos no exterior, e a alta do dólar eleva os custos de produção, efeito que em algum momento pode chegar ao preço final”, explica Otto Nogami, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).

O momento, pelo jeito, chegou. Fabricantes planejam para este mês um aumento médio de 4% nos preços de produtos como computadores, tablets e smartphones, segundo a Abinee, que representa o setor.
Sobrou para a Petrobras

A alta do dólar encarece os combustíveis importados pela Petrobras, mas ela só poderá reajustar a gasolina e o diesel se o governo autorizar – o que, dada a persistência da inflação, pode não ocorrer. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), com o dólar a R$ 2,15 a defasagem dos preços nacionais em relação à cotação internacional era de 20% para a gasolina e 17% para o diesel.

Fonte: Gazeta do Povo (PR) / Fernando Jasper

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